Milhares de diagnósticos são entregues de maneira errônea hoje, no Brasil e no mundo. Médicos conveniados em operadoras de saúde ou até mesmo em redes públicas de atendimento médico precisam retomar sua habilidade crítica social.
Somos lançados à uma sociedade cruel e injusta prontos para o ofício, sociedade essa a qual te coloca em julgamento com discursos de vocação, trabalho e dignidade, ganhando um tom altivo e soberbo àqueles que sacrificam sua vida pelos empregos, deixando de lado sua saúde, família e vida social em geral.
Pudemos ver a evolução desenfreada do capitalismo abusivo, que o pobre cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico. Não digo que precisaríamos de um país comunista, mas me questiono sobre a efetividade do capitalismo e o público que é beneficiado pelo mesmo.
Somos um país subdesenvolvido em que nossas riquezas ainda não se consolidaram, seja por governo corruptos, seja pela historicidade da mentalidade inferior em nosso povo. Mas por que falo sobre isso quando o título do presente artigo lhe apresenta o TDAH como tema?
Como um país em subdesenvolvimento sempre seremos cobrados de evoluções contínuas, fazendo com que a classe trabalhadora, ou seja, a grande maioria dos brasileiros, estabeleça em sua mente uma cultura da produtividade excessiva e abusiva.
Você já deve ter deixado de ir ao médico por precisar faltar ao trabalho, você já perdeu algum momento precioso de sua vida quando estava trabalhando; digo isso justamente porque todos nós somos levados a possuir esse movimento evolutivo para nos tornarmos bem sucedidos, porém o que é ser bem sucedido num país como o nosso?
Em conversa com D. (o nome do entrevistado foi ocultado por questões ético sigilosas) ouço o seguinte discurso “acho que sou bem sucedido, se for pensar no geral sim, eu só dei azar esse ano em gerir mal meu dinheiro, mas sim” (SIC). Hoje pensamos em sucesso e logo pensamos em nossa vida financeira, porém não é bem assim.
Voltando ao TDAH podemos dar toda essa volta para falarmos sobre a produtividade que o “sucesso” nos traz. Somos obrigados a produzir até em nossos momentos de descanso com divertimento excessivo, etc. Por isso te trago ao questionamento e a reflexão: será mesmo que todos esses diagnósticos de TDAH são realmente certos ou podemos estar vivendo numa sociedade à beira do colapso de saúde mental por conta do excesso de atenção e concentração que temos de ter em tudo?
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